segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Por uns instantes dentro de mim...

Eu viro meus olhos 180 graus e fecho-os, vejo-me por dentro e é estranho, é confuso e muito vazio. Não um vazio comum como algumas pessoas sentem às vezes. O meu não, o meu é constante, sem chance de deixar sair. Como deixar um vazio sair? É eu também não sei responder e nem como fazer.
Continuo olhando e vejo uma muralha, quando chego perto eu percebo que existe um castelo dentro. Fico curioso e tento entrar, dei uma volta e não achei uma porta de entrada da muralha que cerca o tal castelo, com medo de não ter reparado bem, dei mais uma volta para confirmar. Então tomo uma decisão e pulo o muro só para saber o que se encontra por lá, a porta de entrada do castelo é pequena como se fosse um sinal para entrar uma pessoa por vez.
Vou andando por dentro e vejo muitas portas, algumas nomeadas e outras sem nome, abertas e outras fechadas. Quase se perdendo depois de andar tanto e ver tantas portas, corredores e escadas iguais... Ai então eu vejo uma porta diferente com um aviso “cuidado”. Claro tomarei cuidado, abri a porta e vi o rei(coração) deitado em seu aposento como se ninguém nunca o tivesse tocado nenhuma vez, com tanta segurança de que alguém não pudesse conseguir um feito assim! Alguns baús largados pelo chão trancafiados por um cadeado.
Eu reparei em dois baús o da “dor” e o do “sentimento” já estavam transbordando por não caber mais nada lá, por não conseguir mais guardar.
Tudo isso para não sofrer e nem sentir dor alguma, mas esquece de viver por causa desse medo...
Uma dor insuportável ser desse jeito e ainda mais quando percebo tudo isso!

Joá Jr.

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