segunda-feira, 29 de junho de 2015

Tudo o que eu queria


Noite fria não é? Tudo o que eu queria era só uma boa companhia, conversar sobre tudo, aquela intimidade surreal de pessoas desconhecidas que parecem se conhecer há muito tempo. Um abraço gelado para esquentar, um beijo quente para acender o fogo, um sexo voraz para saciar o desejo do contato que há na pele. Tudo o que eu queria era acordar na manhã seguinte, ouvir um bom dia e em seguida começar com uma boa pegação, fora de hora, sem programação. Depois levantar e preparar um bom café forte, uma torrada com geleia, boas risadas e assuntos sem sentido.

Tudo o que eu queria é que depois disso ela partisse, não a minha expectativa, nem os paradigmas de uma boa noite de frio acompanhado, mas que fosse embora. Sem marcação e sem compromisso comigo ou com ela mesma. Apenas que aceitasse o momento e que dê valor à explosão de cores que eram nossos corpos juntos, o mar calmo que se forma no diálogo existente entre a gente e mesmo que ela queira ficar, saiba que é necessário partir, deixando o clima quente enquanto distante. 

Tudo o que eu queria talvez fosse um café quente, mas com uma boa companhia seria mais agradável. Quer tomar um café? 

Joá Jr.

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